Não é difícil notarmos quão complexo é o homem, difícil elevado a Pi é sabermos (incluindo nós mesmos) quais foram, até aquele determinado momento observado, os atos e os acontecimentos (não esqueçamos aí nessa imensa lista, dentre as possibilidades: o formato da educação, a lapidação, a manipulação, a violência - moral, social, sexual -, o abandono, a rejeição, as perdas - materiais, emocionais -, as dores, as ausências, o dilacerar das injustiças...) que culminam como 'determinantes' em decisões, escolhas, fugas, valores, 'desculpas', em nosso agir no dia a dia... Sendo, portanto, mais "simples, mais fácil" darmos o crédito, o mérito de tudo o que foi e não foi para o acaso. Mas... E as questões que ficam 'no ar', como abaixo, tem ou não importância?
___ Será mesmo que o acaso é o principal responsável, por exemplo, quando alguém A encontra em um show, balada, festa, evento, e se apaixona por alguém B...? Ou esse alguém A já saiu, decidiu em seu ser que ao ir nesse determinado lugar programado irá buscar se envolver, viver o que naquele momento crê? Podendo, inclusive, o contrário desta decisão ocorrer, ou não?
___ Será mesmo que quando decidimos não ir a determinado lugar é somente porque não tinha de ser, ou decidimos que não queremos mesmo que seja, por motivos outros pulsando em nossas veias (como resguardarmo-nos de mais tristezas, dores, decepção, sensação de tempo perdido, pelo o que não foi intimamente notado. Incluindo o também conhecido como amor próprio); por não querer mais determinada atuação em nosso cotidiano, ou seja, sinais de cansaço da matéria, onde nos mostramos em quais áreas um pouco morremos?
Claro que não devemos excluir o imponderável em nosso viver como atuante e possibilidade em muitos aspectos (claro que não), mas a vida não só o abriga... Fazê-lo seria delimitar pobre e solenemente o que é a grandeza infinita da vida; uma lástima seria, pois retira bruscamente o encanto, a mágica de todas as coisas inerentes a esta e de cada pessoa. E porque, assim como existe o imponderável, existe também o que ponderamos (ou não, consciente ou inconscientemente), e determinamos sendo o melhor a vivenciar, elegemos, mesmo, como um 'must' ou outra coisa... (- E, aí sim, em determinado tempo da vida, a própria Mão da Vida (o Senhor da Vida) vai nos mostrar por "n" situações essas "repetições" que temos elegido como o inexorável, mesmo não o sendo...) E vamos culpá-lo, digo, vamos chamá-lo de... Destino.
Com a poesia, há caminhos de perceber a infinitude do muito que não podemos explicar, não com nossa mente somente, porém ao rotularmos que tudo tem unicamente motivos "alfa", transcendentais, e que somos não-participantes ou não-responsáveis acerca de diversas situações ao nosso redor ou que temos visto, é buscar levar a vida na humanidade, ao longo do tempo e do espaço, a um ínfimo patamar, e uma afronta à toda inteligência existente. Não há como negar que muitos são os fatores que podemos e os que não dominamos ver e viver, inclusive... Mas, também muitos utilizam "pra tudo e contudo" um fator 'isolado' como justificativa para si ou para os outros, para se explicar ou explicar tudo, incluindo decisões e 'ausência' destas, mesmo quando, muitas das vezes, nem tem a resposta sobre si mesmo acerca desse comportamento. - conscientemente.
Temos um tempo a cumprir aqui materializados, do qual, verdadeiramente, não temos nenhum controle (quanto a isso e seus desdobramentos, sigamos com Fé no Criador, o Eterno... sempre!), entretanto, enquanto cá estamos, no que concerne aos nossos capítulos de vida, também chamado dia a dia, é nossa missão lutarmos para sermos, e percebermos muito mais... Acordarmos, vermos...!
Sim, a culpa é do destino... Do destino que damos às nossas ações e das ações dos outros em nós...!
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