"Ah, passarinho...
Sabia que um dia teve a asa quebrada
Não sabia que mesmo tendo-a restaurada
Tinha renunciado ao voar
Perdoa, passarinho...
Por ser irremediável aprendiz a vagar
Por aprender que a coragem é manifestada
Não na ausência de medo, mas na fobia conquistada
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Ah, perdoa, passarinho...
Por entrever mas não conceber que...
Alguns, quanto mais tempo e passos dão no caminho,
Reverberam luz, outros misturam-se à escuridão
Sombras... que esquecem a imensidão
Uns curam como imaginavam, outros espalham a dor antes condenada
Perdoa-me, passarinho...
Pela percepção de que visão espelha quem vê
Pela percepção de que visão espelha quem vê
Por parecer invasão ao expor meu coração
Perdoa minha ignorância
Ao oferecê-lo como voo e ninho
Ao oferecê-lo como voo e ninho
Recolho-me à minha insignificância..."
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