"Nada a dizer...
Todos os ecos de gemidos, cuidados e anseios
bateram no muro da descrença, dos receios
Cada luz de alegria na reprodução de escuridão
Toda a beleza e riqueza do fluir, do sentir
de cada palavra amada foi enfeada
com desdém, confusão de identidades, o que convém...
Ego, formação de holofote, enganos, ilusão...
Deixando triste dor no coração.
Nada a dizer...
Tudo o que foi vislumbrado
- ao longo de anos, tempos, busca de momentos -
foi sombreado com vultos do passado; foi cegado
Nada ganhou expressão tamanha
com tanta desconfiança tacanha
Cada sonho, energia ensolarada expressada,
foi subestimado, apagado... Ora na chuva,
no planejado desencontro ou na ausência festejada.
no planejado desencontro ou na ausência festejada.
Nada a dizer...
Apenas vivenciar o que é plantar e colher.
Nada a dizer...
Se nunca houve espaço para diálogo real
Nem mãos dadas, só simbologias vazias
Repetidas fôrmas e supervalorização de quem erra
Nada a dizer...
Toda a semente jogada na terra
Chegou ao seu fruto afinal...
Nada a dizer...
É tempo de novo agir, novo refletir
Novo semear para novo florescer do querer
É tempo de ação... Genuína, grande ou miúda
Mão na massa a conquistar, encantar, refazer, parir
Inovação de viver, verdadeira expressão do ser
Pois o mundo à nossa volta reflete, repete
Não o início ou o fim, mas o meio
Não o início ou o fim, mas o meio
Do que estamos cheio, do que somos a muda..."
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