"Se as portas da percepção estivessem limpas,
tudo apareceria para o homem tal como é: infinito."
__William Blake
__William Blake
Quase sempre vemos só o que queremos ver... Seja pelo lado positivo ou negativo da vida. E sendo assim, deixamos muita coisa passar... Outras vezes, só vemos o que conseguimos notar dentro de parâmetros pré-determinados pelo mundo, por experiências passadas ou decisões inconscientes que tomamos ao longo da estrada...
Mas o que realmente importa é o que fazemos com as informações que temos e o mundo que vemos... Ou deveria importar, ao menos...
Mas o que realmente importa é o que fazemos com as informações que temos e o mundo que vemos... Ou deveria importar, ao menos...
Ter um padrão de comportamento, claro, tem suas características boas e ruins, e o caso não é se algo é bom ou ruim, mas se estamos plenamente vendo e vivendo a grandeza de tudo quanto podemos... Só porque conhecemos ou aprendemos algo ao longo da vida, não nos faz conhecedores de toda uma vida, de toda a existência possível. Enfim, caso mudássemos o 'leme' e nos permitíssemos sermos guiados pela imensidão azul, o que encontraríamos? Queremos saber?...
A questão é: temos coragem e querer para ver tudo quanto a vida quer nos mostrar? Ou já decidimos (ou decidiram por nós) até onde chegaremos? O medo é quem maneja a nossa viagem ou somos nós mesmos dando somente, e covardemente, o crédito a ele? Ou pior: nem somos nós a nos governar...?!
Mesmo com toda revolução de informação os valores continuam tão... tão... limitados! Limites estabelecidos por opiniões alheias, dogmas, conhecimentos estatísticos, preconceitos, tradições impostas mil (não critico tradições, apenas o não acolhimento de uma verdade: se alguém descobriu algo no passado e passou adiante até os dias atuais, por que nós não descobriremos algo valoroso 'no hoje' também?)... Respeitando todos os pseudos-valores repassados, ainda assim as questões continuam: - E então, nada mais? Tudo está decifrado e decodificado para seguirmos? Sabemos o suficiente então? A vida não é refrigerante, mas é isso aí?
Quanto mais as respostas às perguntas acima forem: - Sim!, mais distantes estamos de quem somos... Mais contaminadas estão as portas de nossa percepção e que cada vez mais estão se fechando... E mais limitados seremos...!
Temos inegavelmente um tempo de conquistas, descobertas etc., mas... estas são para todos? Em nosso mundo uns nascem para desenvolver, criar, descobrir, governar, usufruir..., e outros não? É isso, ou a verdade está impressa nas portas fechadas ou abertas do conhecimento, da liberdade de escolhas e da oportunidade? E quanto aos sentimentos, só o que é raso é suficiente? E viver de ilusão, algo puramente conveniente, é mais importante do que viver plenamente?
O universo é um mundo infinito de informações, sentidos e momentos... Nós somos parte deste mesmo mundo, e não nos permitirmos alcançar a amplitude de tudo quanto não sabemos (e, consequentemente, não vivemos!), a começar por nós mesmos, tem um motivo já revelado (velado, mas revelado!): já começamos a aprender bem a lição para descrer do infinito que somos...
E a despeito de tudo isso, ainda fica a pergunta que não cala: E o algo mais que geme dentro de nós, será ouvido quando?
"Temos olhos para ver,
temos mente para refletir...
Mesmo assim caminhamos a nos perder,
sem perceber aonde temos de ir...
Mesmo tendo um coração para sentir,
ao passo que não nos vemos,
a cada dia mais e mais
nos desacompanhamos e
nos perdemos
rumo a inexistir..."
rumo a inexistir..."
(Valéria Milanês)
Fonte imagem: Google imagens
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