O que muito hoje a humanidade necessita? Refletir...
Precisa buscar ajuda... Permitir-se intuir...
Encontrar caminhos para si e fazer-se companhia
Apoiar-se em Deus, dar créditos aos seus
Reencontrar-se com a VIDA e a POESIA.

É um convite a pensar, conversar
Meditar com palavras explícitas
Implícitas experiências do Coração
Dar mais um espaço à EMOÇÃO!
"...a POESIA é para comer, senhores..."


domingo, junho 03, 2018

A natureza não precisa ser compreendida...



"E talvez, 
É assim mesmo que deva ser.
A natureza não deve ser compreendida 
pelo homem,
Mas respeitada.
E, bem lá no fundo, o mínimo:
Mantida."
__Djuliano Jacques
Vídeo "The Infinite Now" by Armand Ducks  in collaboration w/ Ray Collins
 Trilha sonora original de André Heuvelman e Jeroen van Vliet.

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sábado, junho 02, 2018

Nossa aldeia...




“E proclamamos que
não se exclua ninguém
senão a exclusão”


__Trecho Letra/Música "Manifestação"
Letra: Carlos Rennó / Música: Xuxa Levy, 
Russo Passapusso e Rincón Sapiência
"Só seremos universais
se conhecermos 
e amarmos nossa aldeia."
 __Liev Tolstói
Liev Tolstói, No Brasil e no Mundo, Cultura & Sociedade, contra a Cultura da Individualização, Educação_Cultura&Sociedade
Imagem: Google imagens
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Manifestação*

Aqui estamos na avenida,
Pelas ruas, pela vida,
Marchando com o cortejo
Que flui horizontalmente,
Manifestando o desejo
De uma cidade includente

E uma nação cidadã
Traduzido numa canção,
Numa sentença, num mantra,
Num grito ou numa oração…

… Por todo jovem negro que é caçado
Pela polícia na periferia;
Por todo pobre criminalizado
Só por ser pobre, por pobrefobia;

Por todo povo índio que é expulso
Da sua terra por um ruralista;
Pela mulher que é vítima do impulso
Covarde e violento de um machista;

Por todo irmão do Senegal, de Angola
E lá do Congo aqui refugiado;
Pelo menor de idade sem escola,
A se formar no crime condenado;

Por todo professor da rede pública
Mal-pago e maltratado pelo Estado;
Pelo mendigo roto em cada súplica;
Por todo casal gay discriminado.

E proclamamos que não
Se exclua ninguém senão
A exclusão.

Aqui estamos nós de volta,
Sob o signo da revolta,
Por uma vida mais digna
E por um mundo mais justo,
Com quem já não se resigna
E se opõe sem nenhum susto

Há uma classe dominante
Hostil à população,
Numa ação dignificante
Que nasce da indignação…

… Por todo homem algemado ao poste,
Tal qual seu ancestral posto no tronco;
Por todo jovem que protesta até que o prostre
O tiro besta de um PM bronco;

Por todo morador de rua, sem saída,
Tratado como lixo sob a ponte;
Por toda vida que foi destruída
Em Mariana ou no Xingu, por Belo Monte;

Por toda vítima de cada enchente,
De cada seca dura e duradoura;

Por todo escravo ou seu equivalente;
Pela criança que labuta na lavoura;

Por todo pai ou mãe de santo atacada
Por quem exclui quem crê num outro deus;

Por toda mãe guerreira, abandonada,
Que cria sem o pai os filhos seus.

E proclamamos que não
Se exclua ninguém senão
A exclusão.

Eis aqui a face escrota
De um modelo que se esgota.
Policiais não defendem;
Políticos não contentam;

Uns nos agridem ou prendem;
Outros não nos representam.

E aquele que não é títere,
E é rebelde coração
Vai no face, no zapp, no Twitter e
Combina um ato ou ação…

… Por todo defensor da natureza,
E cada ambientalista ameaçado;
E cada vítima de bullying indefesa;
E cada transexual crucificado;
E cada puta, cada travesti;
E cada louco, e cada craqueiro;
E cada imigrante do Haiti;
E cada quilombola e beiradeiro;

Pelo trabalhador sem moradia,
Pelo sem-terra e pelo sem-trabalho;
Pelos que passam séculos ao dia
Em conduções que cansam pra caralho;

Pela empregada que batalha, e como,
Tal como no Sudeste o nordestino;
E a órfã sem pais hétero nem homo,
E a morta num aborto clandestino.

Impelidos pelos ventos
Dos acontecimentos,
Louvamos os mais diversos
Movimentos libertários
Numa cascata de versos
Sociais e solidários

Duma canção de protesto
Qual canção de redenção,
Uma canção-manifesto,
Canção-manifestação…

… Por todo ser humano ou animal
Tratado com desumanimaldade;

Por todo ser da mata ou vegetal
Que já foi abatido ou inda há-de;

Por toda pobre mãe de um inocente
Executado em noite de chacina;
Por todo preso preso injustamente,
Ou onde preso e preso se assassina;

Pelo ativista de direitos perseguido
E o policial fodido igual quem ele algema;

Pelo neguinho da favela inibido
De frequentar a praia de Ipanema;

E pelo pobre que na dor padece
De amor, de solidão ou de doença;

E as presas da opressão de toda espécie,
E todo aquele em quem ninguém mais pensa…

E proclamamos que não se exclua ninguém
Senão a Exclusão.

Dando à vida e à alma grande
Um sentido que as expande,
Cantamos em consonância
Com os que sofrem ofensa,
Violência, intolerância,
Racismo, indiferença;

As Cláudias e Marielles
Rafaeis e Amarildos
Da imensa legião

De excluídos do Brasil, do SUL ao norte da nação.

E proclamamos que não
Se exclua ninguém senão
A exclusão

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_Nota do Blog:
* A divulgação desta obra é sem fins lucrativos, e com o propósito  de democratizar informação,  e propagar inclusão, diversidade, conhecimento, empatia, respeito, união, humanidade...
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Créditos : "Manifestação"
http://www.manifestacao.org

Letra: Carlos Rennó
Música: Xuxa Levy, Russo Passapusso e Rincón Sapiência
Produção musical: por Xuxa Levy
Direção Clipe: João Wainer e Fabio Braga
Engenheiro de Gravação e Mixagem: Ricardo Camera
Materização - Mauricio Gargel


Intérpretes: 
Criolo, Pericles, Rael, Rico Dalasam, Paulo Miklos, As Bahias e a Cozinha Mineira, Luedji Luna, Rincon Sapiencia, Siba, Xenia França, Ellen Oleria, BNegao, Filipe Catto, Chico César, Paulinho Moska, Pretinho da Serrinha, Pedro Luis, Marcelino Freire, Ana Canãs, Marcelo Jeneci, Márcia Castro, Russo Passapusso, Larissa Luz, Ludmilla e Chico Buarque, Camila Pitanga, Fernanda Montenegro, Letícia Sabatella e Roberta Estrela D'Alva, Siba Veloso e Marcelo Jeneci. 


Banda: 
Benjamin Taubikim - Piano
Roberto Barreto - Guitarra Baiana
Fernadinho beatbox
Siba Veloso - Rabeca
Marcelo Jeneci - Acordeom
Os Capoeira (Mestre Dalua, ContraMestre Leandrinho, Felipe Rosseno e Cauê Silva - Percussão
Emerson Villani -  Violões e Guitaras
Robinho Tavares - Baixo
Niack - DJ
Samuel Fraga - Bateria 


Realização: Anistia Internacional
Coordenação de produção e comunicação: Verdura Produções
Assessoria de Imprensa: Patricia Dornelas
Produção Clipe: Querosene Filmes
Fotografia: Fábio Braga
Edição: Diego Arvate
Cor: Júlia Bisilliate
Pesquisa: Lorena de Almeida, Diego Arvate e João Wainer
Fotografia adicional: Bruno Miranda, Jeronimo Soffer, Uerlem Queiroz, João Wainer
Fotagrafia Stil: Roberto Setton, Inacio Aronovich, Luize Chien
Fotos divulgação: Duda Portela e Karla Alvaíde

Apoio: Estudio NACENA

É possivel evoluir sem amizade, não sem humanidade...



"Desgosto do conceito de amizade
Desgosto da ideia de ter de eleger
Pessoinhas de estimação

Abomino o jeitinho de privilegiar
Abomino jogos de interesses
Com máscara de bondade

Gosto de sentir que todos têm
O mesmo direito do que precisar
- A Vida é sem acepção -

Eu de exercer em liberdade
O querer, fazer, poder, apoiar
Sejamos amigos ou não..."
__Valéria Milanês
VALÉRIA MILANÊS, Sociedade, Educação_Cultura&Sociedade, O mundo e a realidade que constrói, contra a Cultura da Individualização, Cultura da Divisão, a verdade que enterramos bloqueia o viver, Viver é mais, Franz Kafka
Imagem: Google imagens

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