O que muito hoje a humanidade necessita? Refletir...
Precisa buscar ajuda... Permitir-se intuir...
Encontrar caminhos para si e fazer-se companhia
Apoiar-se em Deus, dar créditos aos seus
Reencontrar-se com a VIDA e a POESIA.

É um convite a pensar, conversar
Meditar com palavras explícitas
Implícitas experiências do Coração
Dar mais um espaço à EMOÇÃO!
"...a POESIA é para comer, senhores..."


sexta-feira, outubro 31, 2014

Pode um mundo viver sem coração?

Série: Poesia & Indignação

JORNALISTA É CULPADO POR TER PERDIDO UM OLHO DURANTE MANIFESTAÇÃO, EM SÃO PAULO
- link da matéria:  http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/reporter-cego-e-culpado-por-perder-visao.html


       A indignação, obviamente - embora seja óbvio que o óbvio AINDA não seja suficientemente claro para quem não quer Ver -, claro!, está relacionada à injustiça sendo legitimada pela 'justiça', aliada à vergonha de ver a 'liberdade sendo levada à prisão' por um ordenamento jurídico (e suas interpretações), que não tem a devida atenção (inclusive com relação às necessárias reformas) por pura conveniência... 
        Conveniência de ter um País com leis e suas imensas lacunas manipuláveis; conveniência de um grupo que se beneficia com o 'caducar de nossas leis'; conveniência de dizer que tudo está dentro da democracia, por isso temos eleições, que elegem "Mais do Mesmo"; conveniência de mostrar o que não é, mas parece ser: no papel está, mas para vigorar contra os "inimigos"... Conveniência de fazer valer a força, mas não a Justiça. Conveniência de querer perpetuar a conduta, a postura leiga de um povo sacrificado e que paga as contas de "pão e circo" - não investindo realmente em educação/cultura, e seus recursos sendo desviados para outros fins -  para que "meia-duzia" seja plena, usufrua das riquezas de nosso País... 
        E tem também o Pesar... É muito pesado! Doído, muito! Vidas mutiladas em seus corpos e alma... Vidas sendo sacrificadas pela ambição de quem zela pela corrupção... Sim, zela! Pois, quem não a combate, combatendo os que se manifestam contra ela, incluindo os jornalistas, que  indiretamente (embora não tão indiretamente assim...), trabalhando, também são combatidos, são além de hipócritas, verdadeiros criminosos... Se não são por opressão, são por omissão...



      Este jornalista, e outros, perderam a visão... Muitos outros estão na cadeia de forma arbitrária, com base em  lei criada "da noite para o dia", enquanto as reformas (de leis e política) estão engavetadas por décadas... 
     E ficam as perguntas que não calam... - Alguém realmente acredita que neste País ou qualquer outro, se não for pelo Povo, os governantes estão interessados, empenhados, de verdade e com verdade!, em exterminar "a doença chamada corrupção", enraizada em todas as esferas públicas e privadas, se é ela quem alimenta seus  tentáculos?    - E o nosso povo quando acordará sem violência, em união e em prol do povo? 
__O verdadeiro cego é aquele que não quer ver... Podemos mais #PorUmBrasilMelhor!

* LINK ABAIXO: GASTOS POR ALUNO DO BRASIL
http://www.todospelaeducacao.org.br/educacao-na-midia/indice/31321/gasto-por-aluno-no-brasil-e-um-terco-do-investido-pelos-paises-desenvolvidos/?pag=5


"Tantas injustiças sendo justificadas 
Por uma mentira espalhada: viver é ter... 
Início das mazelas do mundo, 
A competição da desmedida ambição 
A valorizar o que não tem real valor... 
Vidas sendo sacrificadas 
Por aqueles que não têm vida,
Pois não tem o sentir da emoção.
Mais amor, por favor!
Pode um mundo viver sem coração?"

(Valéria Milanês)

quarta-feira, outubro 15, 2014

O que mata o homem...

"Homem: conheça-te a ti mesmo 
e conhecerás o Universo."
_Sócrates

"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez..."
Jean Cocteau

           Enquanto ao homem fecharem as portas do íntimo conhecimento, para que este, simplesmente, siga 'o andar da carruagem', não haverá valores reais e, muito menos, justiça...   Enquanto ao homem for relegado o papel de mero seguidor de normas, sem o real fluir de seu Ser, os infames 'padrões' não só prevalecem, como matam não somente o corpo, mas tentam também matar a essência humana...



"O que mata o homem e seu corpo,
- embora o espírito não morra jamais... - 
são os enganos, as mentiras, os desmandos,
as covardias lícitas que geram o doer na alma;


O que mata o homem e suas esperanças
- de querer ser, viver, construir e prosseguir - 
são as guerras: atitudes canalhas, alimentadas 
não só nos campos de batalhas... 

O que mata o homem, é o que dilacera, 
acelera a perda de sua inocência:
um mundo sem justiça e coerência
e visto como natural, normal... 

O que mata o homem são os roubos, 
a corrupção, e da ganância seus arroubos... 
Encaminhando a sociedade à mendicância 
em seus direitos íntimos e universais.  

O que não só mata como cega o homem, 
são também os insultos e desdém 
das políticas sociais. Gerando descrentes 
e dependentes de venenos de ilusão, 
do que adormeça a mente com paz..." 
(Valéria Milanês)

Fonte imagem: Google Imagens

domingo, outubro 12, 2014

A Espontaneidade de Ser....


"Há um tempo em que é preciso 
abandonar as roupas usadas, 
que já tem a forma do nosso corpo, 
e esquecer os nossos caminhos, 
que nos levam sempre aos mesmos lugares. 
É o tempo da travessia: 
e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, 
para sempre, à margem de nós mesmos."  
     _Fernando Pessoa


Momento_Reflexão: 
Verdade x Opinião.  Espontaneidade x Premeditação


#ParaRefletirComOCoração   
Darmos menos audácia às experiências vividas, passadas,
 inseridas, e mais liberdade à nossa essência... 
Enxergando em 'cada Hoje', 
o início de tudo o que há para se Viver... e Ser!


           Sob diversos ângulos, a espontaneidade é o nosso maior tesouro... Um fluir com origem em nosso espírito, nosso íntimo (o "eu" verdadeiro), diante de momentos que a vida, coisas desse mundo, nos mostram, ou nos impedem... Bem diferente da premeditação:  que tem origem na mente (e também não em uma verdade), e seu agir tem tudo a ver com experiências (mal) passadas, relegando ao presente a injustiça: de ser, de agir...   
        Alguém ao agir premeditadamente, dá mais valor às suas experiências (muitas vezes e, principalmente, as ruins), do que à verdade, que vem do próprio coração, ou do coração de alguém....  O que é espontâneo espelha autenticidade e liberdade... E liberdade é uma palavra pequena, ínfima, diante de sua condição: infinita.  Que não possuimos... Há em nós... Somos nós! - A criança é um Ser que reina nesse Reino... -  Tem um quê de ousadia, tanto quanto tem de 'genialidade'... Assim é, porque está relacionada com o fora dos padrões, fora dos pendões, fora das amarras, das prisões... Prisões de vivência, prisões de conveniência, prisões de opiniões... Prisões sob forma de experiência... Enfim, algo que vem do âmago, e não da mente (que é algo construído, e até destruidor...).
       Nascemos, materializamo-nos, com um brilho, com uma luz plena fluindo de nós... Com verdades que esse mundo nem pode compreender (não com a mente!)... Ao passo que crescemos, vamos sendo entulhados de informações, segundo às convenções, mas não para o nosso bem viver intimamente, ou para Ser... Apenas para existir, somar mais do mesmo que conformado já está (e para dar quorum). Mas, assim não  é, e nunca será (segundo os princípios pluriversais) a condição mais que ideal, a real condição. Assim, ao nascermos, Somos - também, cada um de nós, Sendo - um fator a promover equilíbrio de uma ou mais verdadeira condição universal... Aquela que nos faz ir além, até, infinitamente.  Mas... e a espontaneidade? Sendo 'morta' a cada consciência do que "aprendemos no mundo"...! É... nosso tesouro sendo roubado, saqueado, trocado por 'ouro sem valor': aquele que nunca nos satisfaz....    
      Então, à luz do viver e ser, a necessidade de travessia urge; e assim é porque tudo o mais ensinado, vivido dentro de nós, ainda é insuficiente para sermos... Incompletos vivemos, refletindo idéias, visões, traumas... Como verdades absolutas, mas nada no universo é absoluto, mas em construção, evolução, 'fluição'...
Cultura & Sociedade, Fernando Pessoa, Natália Correa, Natureza da Vida, Poesia, Poesia para Sempre, REFLEXÃO, Série: #Reflexões, Série: Momentos & Sentimentos, Superação, VALÉRIA MILANÊS, Vida_e_Poesia       Até no 'mundo nosso de cada dia' a espontaneidade é 'percebida como que algo que este mundo não controla'; incontrolável, intocável (ou assim deveria)... Por exemplo: no meio jurídico, nas normas de conduta etc.: O 'criminoso é aquele que teve intenção'... 'Onde houve dolo, há crime'. Ou seja, onde não houve planejamento, não houve maldade, não houve maquinação, não houve a mente como fator principal de uma ação, é uma 'legítima defesa de ser'... O que quer dizer que: 'até esse mundo escabroso fazedor de robôs' reconhece o Ser espontâneo, mas o 'homem enquadrado', não... Onde o homem torna-se réu dos homens... O homem torna-se o 'juiz de si mesmo'... (Não esquecendo que aqui, claro, há uma reflexão sobre espontaneidade...).
       No meio de tudo isso, ainda, temos: o próprio homem não se permite 'ser julgado', mas 'permite-se julgar o outro'... E, no fim das contas, não entende porquê o mundo está tão cruel... Pois, não se percebe cruel no seu cotidiano (percebe-se até 'politicamente correto'),  agindo e reagindo conforme atos segundo a mente imperando (não segundo  o espírito, o pulsar do coração)...  Atos refletindo o que diz, muitas das vezes, no seu dia a dia, que repudia...    
       Um exemplo de "homem julgando o homem": uma pessoa é fumante por vinte, trinta, cinquenta anos (e aqui não há um julgar se é certo ou errado; cada um deve intuir sobre o seu eu...), e segundo sua opinião, ele, ainda fumante, assim permanece 'até quando quer', segundo sua individualidade... Mas, um dia essa 'opinião muda' (seja por si ou opinião médica, seja que opinião for), e ele deixa de ser fumante... E o que ele faz? Fica somente feliz por ter parado, ou começa a criticar e discriminar aquele que não parou? No momento que algo lhe é cerceado, segundo os valores do mundo, sua felicidade "depende" da infelicidade de alguém... Quando fumava ele não tinha essa condição, mas a adquire: ser juiz do outro  (um replicador de opiniões, e com carinha de boa intenção...). Claro que querer o bem não é crime, mas já o julgamento, e as ações provenientes  deste... Isso é um direito de ser ou um efeito colateral de existir? - e isso não é espontâneo... É ranço deste mundo! Origem de intolerância; causando injustiça, julgamentos, preconceitos... Uma dormência de ser... Tudo bem velado, não revelado; mas atuante... 
        Tem também aqueles que gostam de justificar sua 'não-ação' com frases de efeito: - "Meu sentimento, meu sentir está no meu mais profundo ser, ou no meu silêncio"... - (hein!?) - E para quê isto serve, se para questionar, criticar, mostrar o seu ponto de vista sobre alguém, de forma negativa ou incisiva, arranja-se um jeitinho de ser mostrado? Só o ruim deve ser expressado? Só as experiências e conhecimentos sobre o negativo é que vão fazer a diferença no mundo?  
        Minúsculos exemplos diante do 'mundo de hoje'... Mundo triste, e trancafiado no que colocam na mente do homem...! Dia após dia, anos após anos: coleções de situações, de opiniões... Cruas, de outros, de alguém ou por causa de alguém... E tudo ficando um 'pacote só'. Um ser sendo definido por outro... E, lamentavelmente,  não estando inteiro, o homem, nem com ele mesmo ou o seu Hoje; caminha, talvez, para que não haja Amanhã, pois o Ontem é quem 'está com a razão'...
       Contudo, sempre haverá um tempo de travessias (se assim quisermos)... Um tempo de querer Ser, e não apenas refletir o que se 'aprendeu'... Um tempo de dizer (com relação ao íntimo, à intuir, e nunca relacionado a fazer mal a outrem):  - "posso não saber nada do mundo, não conheço o mundo (nem tenho obrigação de fazê-lo); não entendo nada de 'futuro desse mundo', não tenho nada de grande valor deste mundo;  talvez seja todo errado com relação ao mundo, opiniões do mundo; podem dizer que riquezas deste mundo não me interessam, e nada material deste mundo é meu... Mas em mim nada é premeditado, nada é pelo o que o mundo tenta inserir, manipular; intoxicações na alma... O que vou levar é tudo quanto a Vida quis me ensinar - sim!, sob a forma de emoções, sensações -, mas nunca o que de mim deve fluir... E o grande crime cometido de forma recorrente, é deixar falar a voz do coração! E a pessoa que vos fala, e que a cada dia está se desprendendo dos cascalhos encrustados... Esse ser... sou EU's!"

"Quanto mais o tempo passa,
Mais a espontaneidade se escassa.
Tanto mais conhecimento, 
Mais o entorpecimento... 
Conhecer é bom, 
Sentir e ser é melhor. 
Conhecimento e convenção 
Não são suficientes
Somos todos culpados 
Quando o agir vem da mente... 
Pode um corpo viver sem coração?" 
(Valéria Milanes Aluahy)

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A Defesa do Poeta 
(Natália Correa)

"Senhores jurados, sou um poeta 
um multipétalo uivo, um defeito 
e ando com uma camisa de vento 
ao contrário do esqueleto. 
Sou um vestíbulo do impossível, 
um lápis de armazenado espanto 
e por fim com a paciência dos versos 
espero viver dentro de mim. 
Sou em código o azul de todos 
(curtido couro de cicatrizes), 
uma avaria cantante  
na maquineta dos felizes. 
Senhores banqueiros, sois a cidade,
o vosso enfarte serei, 
não há cidade sem o parque  
do sono que vos roubei.  
Senhores professores, 
que pusestes a prêmio minha rara edição 
de raptar-me em crianças, 
que salvo do incêndio da vossa lição. 
Senhores tiranos, que do baralho 
de em pó volverdes, sois os reis, 
sou um poeta, jogo-me aos dados, 
ganho as paisagens que não vereis. 
Senhores heróis até aos dentes, 
puro exercício de ninguém, 
minha cobardia é esperar-vos 
umas estrofes mais além. 
Senhores três quatro cinco e sete, 
que medo vós pôs por ordem? 
que pavor fechou o leque 
da vossa diferença enquanto homem? 
Senhores juízes, que não molhais 
a pena na tinta da natureza, 
não apedrejeis meu pássaro 
sem que ele cante minha defesa. 
Sou um instantâneo das coisas 
apanhadas em delito de perdão, 
a raiz quadrada da flor, 
que espalmais em apertos de mão. 
Sou uma imprudência à mesa posta 
de um verso onde o possa escrever... 
Ó, subalimentados do sonho! 
a poesia é para comer."

Fonte imagens: Google imagens

sexta-feira, outubro 03, 2014

A Poesia, o Sentir e o Fluir...


"... a poesia é para comer, senhores."
_Natalia Correa

       Tudo está dentro de nós, já que infinito somos... 
Temos luz e escuridão; temos esperança e desconfiança; temos sentimentos bons e ruins; olhos para ver a beleza e inclinação a enxergar o não-belo... Tudo está em nós... A partir do contato que temos das "visões", do sentir e do agir de outros... Da 'educação' ou decepção que tivemos e, ainda, o que ainda não conhecemos... Somos infinitos, infinitas são as possibilidades de ser, de sentir, de fluir e de repelir, inclusive...


                   A poesia perspira, vislumbra todo esse mover: de ser, de crer, de não querer por temer etc.  Somos infinitamente um conjunto de tudo o que existe, vimos, choramos, rimos... Por isso, gosto de "definir" o homem como "Àgua": aquele que flui sem cessar por diversas correntes, caminhos, influências... Aquele que de dentro dele brota um jorrar de sentimentos... Tudo é ser, tudo é sentir! Até quando parece entorpecido, adormecido...
         Quem com a poesia se envolve pode ver o belo de tudo o que há, e também o que não é tão belo... Pois, depara-se, na verdade, com o que jorra de si mesmo, ao ter contato com o "fluir' de outros... São sentimentos de outros, mas poderia ser o seu, são gemer de outros, igualmente o quanto, em algum momento da vida, você já gemeu... Outros seres, que são "Eu"; o sentir de outros que poderia ser o "Meu", pois também, no fluir do universo, somos um...
       Quando um poeta descreve, por exemplo, seus anseios, não espera simplesmente que outro tenha os mesmos anseios,  nem tenciona querer o que não é... Não é para definir ninguém, apenas o que flui do seu interior. E que também poderia ser, ou foi, ou será em algum outro lugar...  Um fluir em si!  O poeta busca encantar com o encanto que dentro dele há (mas não há só nele, mas em todos nós...). 
           A poesia não define ou influencia ninguém, mas busca mostrar o sentir de alguém, e, também, o que pode estar adormecido, escondido, doído... O que não quer dizer que seja impossível de ser acordado, achado, curado, vivido...  Por isso, Poesia e Romantismo se confundem, ou os confundem como sendo um.. Acontece que a Poesia conhece o que o espírito do homem sabe e, muitas vezes, em sua mente não cabe: quem tudo cura, constrói, refloresce o homem é... o AMOR!  E todo o seu lirismo, e toda a sua incompreensível "eleição" dentro do coração... E todo o caminho que ele mesmo trilha a mostrar ao próprio homem o que está trancafiado, amordaçado... Mas, vivo!
          O que é muito incompreensível, mesmo, para o homem - sobretudo nos tais tempos modernos - é querer agir segundo o que "entende do amor". A supremacia propagada do "penso, logo entendo tudo"... Mas, AMOR não se entende, sente-se! Ele flui! 
...E não é segundo o jeito de outros, ou fatos que já presenciou. AMOR não é definido por experiências anteriores, pois não é emprego; não, experiências não servem como referências. Ele faz tudo dele mesmo e novo, trazendo um renovo... Amor não é um livro, que lemos um do mesmo gênero, e achamos que sabemos tudo sobre todos os outros do mesmo tema..  O Amor é único, mas desdobra-se segundo o mover, o gemer, a prisão e, principalmente, a liberdade de cada um... O que o faz infinitamente mais bonito, pois ele é aquele que é sem definição, e de acordo com a luz, ou não, em cada coração... Sendo ele o que nós não nos percebemos ser, embora sejamos... Quem é: Infinito!
       Talvez, por isso também, o poeta não seja aquele que possa ser compreendido, e a sua forma de permitir em si o fluir, inclusive do Amor; o seu transbordar (dentre um mundo de sensações e emoções fluindo...). O poeta não anseia nada do ser amado que ele não possa captar, sentir ou ser; muito embora a vida (na verdade, o mundo) tem doutrinado o homem a ser robotizado e, com isso, delimitado... 
     Experiências ruins com outros perdidos, tem feito o homem se perder mais e mais. E então, é mais "fácil" Ter do que Ser!  Só parece fácil, pois... Por que, ao alcançar o auge do que se pode Ter, o homem ainda continua perdido: vazio, e, ao mesmo tempo, entulhado? 
      Contudo, ainda assim, o imortal Amor sempre encontrará um caminho em cada coração e irá fazê-lo trilhar a si mesmo... Usando de nuances próprias: o encantar, o apaixonar, o querer, o queimar...  Onde o homem, de água, toma conhecimento de outra face sua: torna-se fogo... Um mar de fogo! Levando-o a reencontrar-se primitivamente, não pelo o que outros fizeram, foram; não fizeram ou não foram... Mas, pelo o sentir e o ser, mais do que tudo o mais... 
        Esse é o Amor, não por definição, por equilíbrio, missão! E o poeta, por uma capacidade de ser impactado, de sentir (sente até o que o outro não sabe que está dele fluindo),  um dos intérpretes, também, dEle. Não na palavra somente; principalmente, no jorrar, no fluir, e o Ser... do Amor!                                           (Valéria Milanês)

Fonte de imagens: Google Imagens
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